Queria escrever crônicas. Emoldurar o que mexe comigo, impresso numa folha A4.
A crônica é bela justamente por não tentar demais. Me pega pela sinceridade. As coisas como são, mas com um cheirinho de poesia. Poesia urbana, um pouco suja. Aquela luz colorida numa janela de apartamento à 1h da manhã. Cigarro depois do sexo.
Mas acho que a crônica, que relata o banal e cotidiano, precisa nascer, justamente, do hábito da escrita. E como é chato esse papo de hábito. Hoje em dia, tem gosto de LinkedIn essa história de consistência. Como os anos 2020 conseguiram intoxicar a ideia de rotina!